sábado, 10 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

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Design Inclusivo de Equipamentos, Brinquedos e Vestuário

Artigo escrito para o P&D 2006.
Autores: Coordenadora Regina de Oliveira Heidrich
Professora Maria Bernandete Martins
Bolsista Marcelle Suzete Müller


Inclusive design of equipment, toys and clothes

Resumo

Este artigo relata os resultados obtidos pelo projeto de pesquisa interdiciplinar, intitulado Design Inclusivo de Equipamentos, Brinquedos e Vestuário do Centro Universitário Feevale. O projeto tem por objetivo incluir alunos com paralisia cerebral (P.C) no ensino regular. Para tanto busca desenvolver soluções tecnológicas essenciais para cada sujeito atendido. Pois, ser acessível é a condição que cumpre um ambiente, espaço ou objeto para ser utilizado por todas as pessoas.

Palavras Chave: Paralisia Cerebral, Desenvolvimento motor, Inclusão Social

Abstract

This article tells the results of research done by the interdiscipline’s group to Inclusive Design of Equipment, Toys and Clothes of the University Center Feevale. The group has for objective to include students with cerebral palsy (C.P.) at school. For this reason the search for development of essential technological solutions to each taken care’s person. Therefore, to be accessible is the condition that fills an environment, space or object that will be used by all the people.

Keywords: Celebral Palsy, Motor Development, Social Inclusion

1. Introdução

O presente artigo aborda o tema paralisia cerebral voltado para o caso específico de um sujeito que faz parte do projeto de pesquisa em Design Inclusivo, de equipamentos, brinquedos e vestuário, composto por um grupo interdisciplinar de pesquisa, no qual atuam profissionais da área do design, fisioterapia, medicina e psicopedagogia, que visam a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais.

1.2 Paralisia Cerebral

Paralisia Cerebral (P. C), segundo Bobath (1989, p. 11) “é o resultado de uma lesão ou mau desenvolvimento do cérebro, de caráter não progressivo, e existindo desde a infância. A deficiência motora se expressa em padrões anormais de postura e movimentos, associados com um tônus postural anormal. A lesão que atinge o cérebro quando ainda é imaturo interfere com o desenvolvimento motor normal da criança”.
Já Andrade (2005), utiliza o termo Paralisias Cerebrais (P.C.) com significado do resultado de dano cerebral, que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo Cerebral quer dizer que área atingida é o cérebro (sistema Nervoso Central - S.N.C.) e a palavra Paralisia refere-se ao resultado do dano ao S.N.C., com conseqüências afetando os músculos e sua coordenação motora, dos portadores desta condição especial de ser e estar no mundo.
De acordo com o autor, P.C. NÃO É DOENÇA, mas uma condição médica especial que freqüentemente ocorre em crianças antes, durante ou logo após o parto, e, quase sempre, resultada da falta de oxigenação do cérebro. As crianças afetadas pela P.C. têm uma perturbação do controle de suas posturas e dos movimentos do corpo, como conseqüência de uma lesão cerebral, não existindo dois casos semelhantes, pois algumas crianças têm perturbações sutis, quase imperceptíveis, aparentando serem "desajeitadas" ao caminhar, falar ou usar as mãos, enquanto que as submetidas a lesões cerebrais mais graves, a exemplo de casos de anóxia neonatal, podem apresentar incapacidade motora acentuada, impossibilidade de falar, andar e se tornam dependentes para as atividades cotidianas.

2. Metodologia

O método utilizado para a realização desta pesquisa, é observação das atividades exercidas pelos sujeitos que participam do Projeto de Pesquisa em Design Inclusivo, de Equipamentos, Brinquedos e Vestuário. Descrevemos com detalhes o comportamento, posturas exercidas durante as atividades junto ao computador, manuseando o mouse ou digitando. Através destas descrições obtemos as informações desejadas para analisar posteriormente os resultados obtidos com os atendimentos, bem como estipular novas estratégias para a continuação do processo de inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais no ensino regular, e na sociedade.

3. Desenvolvimento motor

Durante os três primeiros anos de vida o desenvolvimento motor é extremamente acelerado, pois é nessa fase que a criança aprende a rolar, engatinhar, andar, correr, alimentar-se com autonomia, vestir-se e despir-se, o que exige maturação das habilidades manuais e equilíbrio.

O mesmo ocorre com uma criança com P.C só que em um ritmo mais lento, sendo que algumas habilidades ela não chegará da alcanças dado ao grau do seu comprometimento e dificuldade. Assim, a criança P.C. pode ter seu desenvolvimento motor não somente retardado, mas desordenado e prejudicado, como resultado da lesão. A medida que, a criança P.C torna-se ativa, posturas e movimentos anormais aumentam e irão se modificar, para que ela se adapte as atividades funcionais. Muitos, senão todos os quadros musculares e articulares encontrados nas P.Cs, conforme Levitt (2001), originam-se na falta de influências coordenadas do cérebro.
Bobath (1989), destaca que na P.C a lesão interfere no desenvolvimento ordenado. Isto resultará, essencialmente, num retardo ou numa parada do desenvolvimento como:
 Um mecanismo reflexo postural insuficientemente desenvolvido, que se mostra, por exemplo, no mau controle da cabeça, na falta de rotação no eixo do corpo, na falta de equilíbrio e outras reações adaptativas.
 Uma falta de inibição que se mostra numa retenção indevidamente prolongada dos primitivos padrões de massa da primeira infância.
4. Estudo de caso

C. nasceu de cesariana, com 37 semanas e 4 dias, sem complicações durante ou após o parto. No 1º mês de vida, perceberam que a menina ignorava sua mão esquerda quando mamava, e que as pernas ficavam sempre muito rígidas. Logo sendo diagnosticado, que ela era portadora de paralisia cerebral com diparesia espástica. Segundo Andrade (2005), a criança espástica possui aumento e tonicidade dos músculos, podendo haver um lado do corpo afetado (hemiparesia), os membros inferiores (diplegia), ou os 4 membros (quadriplegia).

Padrões motores e posturais

C. utiliza órteses em seus membros inferiores, que auxiliam na sua estabilização e permitem que consiga uma marcha em tesoura, porém, com falta de equilíbrio estático ao sentar e equilíbrio dinâmico nas trocas de postura. A paciente não se locomove sozinha, necessita de auxílio ou de uma cadeira de rodas. Ao realizar os passos para frente, suas pernas cruzam entre si, e quando realiza marcha com andador, necessita de assistência para mantê-lo fixo ao chão. Neste momento apresenta desalinhamento corporal, maior no hemicorpo esquerdo, sendo impossível correr, pular e saltitar. A menina apresenta uma saúde geral estável, apenas desenvolvendo quadro asmático esporadicamente. Não apresenta convulsões e não faz uso de medicação contínua. Ela é apenas medicada quando apresenta crise asmática. Nunca precisou de tratamento cirúrgico, nem sofreu qualquer tipo de fratura.

• Supino

Nesta postura, C. apresenta padrão extensor de membros inferiores. A cabeça encontra-se na linha média, e a menina consegue virá-la tanto para esquerda, quando para a direita, bem como levantá-la da superfície. Seus braços também estão na linha média, e com eles ela consegue alcançar objetos a sua frente. As pernas apresentam movimentos independentes, porém, o tônus extensor é visível, e em certos momentos dificulta seus movimentos. A paciente não consegue entrar e sair da posição supino, exclusivamente, através do rolar, e não senta sozinha e nem engatinha.

• Prono

O padrão predominante em prono, é a hiperextensão de membros inferiores. Encontra-se com bom alinhamento corporal e sem assimetrias. Nesta postura, C. realiza o suporte em antebraços, porém não consegue manter suporte com os antebraços estendidos. Suas pernas apresentam movimentos independentes, porém, novamente o tônus extensor dificulta muitos movimentos voluntários, tornando-os mais difíceis de serem realizados. Nesta postura, a menina consegue rolar independentemente para a direita e esquerda, porém não consegue engatinhar, e nem entrar na posição de gatas.

• Sentada

Para sentar, C. ajuda-se agarrando com as mãos. Apresenta controle da cabeça, mas suas pernas permanecem em extensão durante o processo. Para permanecer nesta posição, é necessário um bom suporte de tronco, neste caso, ela libera ambos os braços para realizar atividades de seu interesse. Estando com as pernas estendidas ela não realiza movimentos de membros inferiores, e também não apresenta reações de equilíbrio e proteção (nem para frente, lados ou atrás). Quando está sentada em cadeiras ou bancos, ela consegue pegar e soltar objetos, porém não apresenta movimentos de pernas, nem mesmo reações de equilíbrio. Sentada em cadeiras com encosto, ela mantém uma boa postura por alguns instantes, porém em certos momentos escorrega para frente.

• Em pé

C. não consegue entrar e sair da posição em pé estando sentada no chão ou em cadeira, nem mesmo ajoelhada ou semi-ajoelhada, somente com auxílio. Quando seus pés estão paralelos, apresenta um padrão tesoura, com adução e rotação interna de membros inferiores. Este padrão aumenta na posição de passo, neste momento a menina apresenta um desalinhamento corporal, maior no hemicorpo esquerdo. Não apresenta reações de equilíbrio, necessitando sempre de apoio.

5. A paciente na clínica de fisioterapia

C. já realizou tratamento na hidroterapia e na equoterapia do Centro Universitário Feevale, e desde os 8 meses freqüenta a clínica de fisioterapia semanalmente. Apresenta independência quando na posição prona ou supino em relação aos membros superiores, além de possuir grandes habilidades cognitivas, auditivas, de linguagem e visão.

Os principais objetivos do tratamento de fisioterapia são:

 Melhorar funcionalidade da mão esquerda;
 Modular o tônus muscular em membros inferiores;
 Aumento do controle postural;
 Melhorar a independência ao vestir-se e ao realizar a higiene;
 Permanecer em ortostase sem auxílio;
 Desenvolver a marcha com auxílio do andador;

Observamos que o paciente desafia no seu brincar as limitações do seu corpo, se esforçando para realizar as tarefas quando recebe incentivo e apoio de sua família e amigos. O objetivo é melhorar seu equilíbrio estático e dinâmico, fortalecer sua musculatura, desenvolver a psicomotricidade , adaptar suas mãos para executar tarefas no computador, e aprimorar sua marcha, que só realiza quando sustentado, pois apresenta o andar cruzado com padrão espástico. Melhorando assim, suas atividades na vida diária, tornando-o mais independente e mais confiante em sua capacidade motora.

5.1 Atendimentos do projeto de pesquisa

Nas sessões do paciente C., incentivamos o uso do computador, executando tarefas com as duas mãos (uma no teclado e outra no mouse). Após estas sessões, observamos que o aprendizado seria muito mais rápido, se houvesse uma adaptação do teclado e do próprio software, para crianças com lesões cerebrais. A criação desse software, e de dispositivos de adaptação, decorrem a partir das necessidades específicas de cada criança, que não consegue utilizar o mouse ou o teclado, sem que estes sejam modificados. Um simples clique no botão direito do mouse, pode ser uma tarefa impossível para alunos com alterações anatômicas, em seus membros superiores, ou com limitações motoras, que impeçam a execução da tarefa.

6. Inclusão escolar e social

C. está com 4 anos e incluída no ensino regular desde 2004, onde freqüentava a turma C3, três vezes por semana. No letivo de 2005, passou a freqüentar todas as manhãs, e foram feitas algumas adaptações na escola, para que pudesse interagir com as outras crianças nas atividades. Como rampas, cadeiras adaptadas com braços e assentos com material para não escorregar, balanço com cintos para prender (material improvisado) e a tampa do vaso sanitário.
Pode-se notar, após o convívio entre crianças com e sem lesão, mudanças no comportamento, e melhora nas relações entre as próprias crianças, pais e educadores. “No sistema educacional da inclusão cabe à escola se adaptar às necessidades dos alunos e não aos alunos se adaptarem ao modelo da escola”.(WERNECK, 1997, p. 53).
A autora ressalta vários conceitos de inclusão escolar e social, com objetivos amplos, estudados por educadores, profissionais e autoridades.
 O objetivo da inclusão escolar é preparar os estudantes para se tornarem adultos produtivos como membros de suas comunidades;
 Como prática inclusão é um processo educacional através do qual todos os estudantes, incluindo os com deficiência, são educados juntos, com o apoio necessário, na idade adequada, em instituições de ensino regular, na vizinhança de suas casas;
 Parentes, educadores, irmãos, diretores e professores são parceiros no processo de inclusão e devem trabalhar juntos para que ele seja bem – sucedido;
 Incluir uma criança com necessidades especiais não é deixá-la em classes especiais e só levá-la para a classe regular na hora dos assuntos não acadêmicos;
 Incluir não significa deixar o estudante com necessidades especiais numa sala de aula sem suporte adequado;
 O sucesso da inclusão depende de avaliação constante do processo, da flexibilidade da equipe multidisciplinar para alterar programas e do apoio da família, da escola e da comunidade;
 Quando o processo de inclusão é bem conduzido, as pesquisas mostram que os benefícios são amplos; amizades se desenvolvem, estudantes sem deficiência aprendem a apreciar as diferenças e aqueles com deficiência se tornam motivados. A comunidade ganha. (WERNECK, 2001, p.58).
Crianças com P.C têm encontrado muita dificuldade, e resistência no processo de inclusão, nas escolas e na sociedade. Somente algumas instituições de ensino, estão trabalhando com a inclusão social destes jovens.“Quando as escolas são excludentes, o preconceito fica inserido na consciência de muitos alunos quando se tornam adultos, o que resulta em maior conflito social uma competição desumana.” ( STAINBACK, 1999, p.27)
Promover a amizade entre as crianças com paralisia cerebral ou outro comprometimento, com outras que não possuem deficiência, através do convívio diário numa escola regular, é um grande progresso, que contribui na sua formação acadêmica e social. Tal progresso, não ocorre em ambientes segregados, é necessário à inclusão social destes jovens.

Considerações Finais

Após este breve estudo sobre o caso da paciente C., concluímos que depois da casa, no convívio familiar, é na escola que a criança passa maior parte de seu tempo, este local torna-se sua 2ª casa. Por isso, ele deve ter acessível, e apropriado a todas crianças com ou sem necessidades especiais, onde o diretor deve reconhecer sua responsabilidade de definir os objetivos da escola e de garantir a tomada de decisões, o enfrentamento dos desafios e o apoio às interações e aos processos que se compatibilizam com a filosofia da escola.
Assim, alcançaremos nosso objetivo que é a inclusão escolar e social. Visando a adaptação de equipamentos e brinquedos para as crianças portadoras de deficiências, permitindo que todos se sintam motivados, desenvolvendo o seu potencial, além de lhes proporcionar oportunidades de participar do ensino regular com outras crianças, formando cidadãos mais independentes e felizes. A partir, deste processo de inclusão, ensinaremos as pessoas desde cedo, a respeitar as diferenças individuais de cada ser humano.

Referências

ANDRADE, J. Site Defnet (capturado em dezembro de 2005). Disponível na Internet em www.defnet.org.br.
BOBATH, Bertha e BOBATH, Karel. Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de paralisia cerebral. Editora Manole, 1989.
BOBATH, Bertha e BOBATH, Karel. A deficiência motora em pacientes com paralisia cerebral. Editora Manole, 1989.
CORIAT, Lydia centro. Escritos da Criança. Revista do Centro Lydia Coriat. Porto Alegre, nº 4, 1996. 96p.
DIAMENT, Araon e CYPEL, Saul. Neurologia Infantil. Editora Atheneu, 1996.
Heidrich, Regina de Oliveira. Análise de processo de inclusão escolar de alunos com paralisia cerebral utilizando as tecnologias de informação e comunicação. Porto Alegre: 2004. 220 p. [Tese Doutorado em Informática na Educação].Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias da Educação, UFRGS, 2004.
LEVITT, Sophie. O tratamento da paralisia cerebral e do retardo motor. 3ª edição, 2001. Editora Manole.
STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão, um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. 451 p.
WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva / Claudia Werneck. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 314p.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DESIGN INCLUSIVO: BALANÇO PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS




Artigo premiado como destaque da FICSE 2007
Autores: Marcelle Suzete Müller, Regina de Oliveira Heidrich (Orientadora), Maria Bernadete Martins (Co-orientadora)

RESUMO

O projeto proposto é de um balanço destinado à recreação das crianças com paralisia cerebral em escolas e residências, buscando alcançar uma maior inclusão social das mesmas. Para realizar este objetivo é necessário antes um estudo em diversas áreas, tais como, design ergonômico, inclusão social, paralisia cerebral e tecnologias assistivas. Pretende-se criar uma solução segura e adequada que permita uma melhor integração das crianças portadoras de necessidades especiais com as demais.

Palavras – chave: Design Ergonômico, Inclusão, Deficiência e Tecnologias Assistivas.

ABSTRACT

The project is about a kid swing destined to recreation of the cerebral paralysis children at schools and homes, trying to reach a bigger social inclusion of them. To make this objective true, it is necessary before a study in serveral areas, such as, ergonomic design, social inclusion, cerebral paralysis and assistive tecnologies. It is intended to create a safe and adequate solution that allows a better integration of the special needs porter children with the others kids.

Keywords: Ergonomic Design, Inclusion, Deficiency and Assistive Technologies.


INTRODUÇÃO

Observando-se diversas crianças portadoras de necessidades especiais em suas atividades diárias, percebeu-se que a realização de tarefas pode ficar comprometida pela falta de recursos e soluções que auxiliem na superação de dificuldades funcionais, no âmbito escolar e fora dele. A partir do conhecimento das necessidades específicas destes alunos, pode-se observar nas escolas situações desafiadoras para estes jovens, para seus familiares, colegas e professores, pois a maioria dos brinquedos disponíveis para recreação não possui segurança e não são acessíveis a qualquer usuário, sendo que muitas vezes até mesmo crianças que não possuem comprometimento motor acabam sofrendo acidentes.

Durante esta pesquisa, pretende-se abranger temas relacionados a pessoas com necessidades especiais, como conceitos e aplicações do design ergonômico, inclusão, tecnologias assistivas, e o estudo de um caso específico de criança com necessidades especiais. Em seguida serão analisados diversos similares do balanço dando continuidade ao estudo, para posteriormente abordar o desenvolvimento do balanço adaptado após esta coleta de dados.
A presente pesquisa se justifica pelo fato de abranger questões de grande relevância social, como: design ergonômico, deficiência, tecnologias assistivas e inclusão. Temas estes sendo cada vez mais abordados em vários veículos de comunicação, onde busca-se conhecer as necessidades de cidadãos que possuam necessidades especiais, e no caso dessa pesquisa começando já na época escolar com a inclusão desses indivíduos. Isto será alcançado através do desenvolvimento de um balanço adaptado a crianças com necessidades especiais.

Objetivos

O presente pesquisa tem como objetivo principal analisar balanços existentes em escolas municipais de Novo Hamburgo. Através desta análise será possível conhecer as necessidades específicas de usuários de cadeira de rodas enquanto interagem com brinquedos ao ar livre. Este projeto visa o desenvolvimento de um balanço que atenda as respectivas funções e necessidades de lazer de crianças com comprometimento motor acima de 6 anos.
A Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. Consta no art 4.º da lei que:

[...] ” as vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”. (BRASIL, 2000).


Ergonomia: Design para TODOS

O principal objetivo da ergonomia é estudar o comportamento do corpo humano, suas posturas e movimentos, limites, incapacidades e também deformidades, e através deste estudo adaptar o meio em que vivemos ao corpo humano, proporcionando conforto e bem estar no trabalho e na vida diária, buscando sempre alcançar a melhor integração possível entre o produto e o usuário. Segundo MALLIN (2004), há diversas definições para ergonomia, variando em cada livro, a maioria dos autores concordam que a ergonomia busca proporcionar conforto, segurança e bem-estar ao usuário.

Segundo SASSAKI (1999), o design deve preocupar-se em projetar ambientes adaptados que sejam úteis a qualquer pessoa, não só para pessoas portadoras de deficiência, mas também às obesas, de baixa estatura, idosas e também aquelas que estejam temporariamente com algum membro limitado.

[...]” desenho acessível é um projeto que leva em conta a acessibilidade voltada especificamente para as pessoas portadoras de deficiência física, mental, auditiva, visual ou múltipla, de tal modo que elas possam utilizar, com autonomia e independência tanto os ambientes físicos (espaços urbanos e edificações) e transportes, agora adaptados, como os ambientes e transportes construídos com acessibilidade já na fase de sua concepção”. (SASSAKI, 1999, p.139).

O autor ainda ressalta que o desenho acessível deixa claro em sua imagem que foi feito exclusivamente para pessoas com dificuldade motoras, até que surgiram outras formas de Design, como Desenho Universal ou Desenho para TODOS, ou ainda dentro do conceito de inclusão: (Desenho Inclusivo). “Os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo, não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência. Eles podem ser utilizados por qualquer pessoa, deficiente ou não”.(SASSAKI, 1999, p. 141).

Tecnologias Assistivas x Design Ergonômico

Após analisar diversas crianças com necessidades especiais em suas atividades diárias, observou-se que o sucesso desses indivíduos pode ficar comprometido pela falta de recursos e soluções que os auxiliem na superação de dificuldades funcionais, no ambiente da sala de aula, e fora dela. A partir do conhecimento das necessidades específicas destes alunos, observou-se que nas escolas as situações são desafiadoras para estes jovens, para seus familiares, colegas e professores. Chegou-se a esta conclusão porque os recursos e alternativas disponíveis são considerados dispendiosos e pouco acessíveis para todos, tornando necessário a produção de Tecnologias Assistivas
[1]. A partir do conhecimento do universo particular de cada paciente, cria-se uma solução para problemas funcionais, valorizando os desejos, habilidades e qualidade de vida.

As diversas modalidades de tecnologias assistivas incluem: recursos de comunicação alternativa, acessibilidade ao computador, atividades da vida diária, orientação, mobilidade, adequação postural, adaptação de veículos, órteses e próteses. As órteses só funcionarão se estiverem de acordo com a realidade de cada usuário, levando em consideração suas limitações físicas, sensoriais e mentais.
Este projeto destina-se a ser uma fonte de estudo e uma forma de aplicação das tecnologias assistivas, que foi definida como qualquer item, peça de equipamento ou sistema de produtos, adquirido comercialmente ou desenvolvido artesanalmente, produzido em série, modificado ou sob medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar habilidade de pessoas com limitações funcionais, sejam estas limitações físicas ou sensoriais. (ANDRADE, 2006).

Estudo do Caso da Aluna C.

Para melhor compreensão da capacidade motora de crianças portadoras de necessidades especiais, estudou-se o caso de um usuário de cadeira de rodas, que participa de atividades na clínica de fisioterapia do Centro Universitário Feevale, e é integrante do projeto de pesquisa em Design Inclusivo, de Equipamentos, Brinquedos e Vestuário. Este projeto de pesquisa visa à inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, e atua na Feevale deste outubro de 2004 .

A aluna C. é do sexo feminino e está com 6 anos, possui comprometimento motor nos quatro membros, mas mesmo com esta limitação utiliza no espaço recreativo de sua escola balanços e outros brinquedos na hora do intervalo, e em momentos de lazer. Estes brinquedos oferecidos pelas instituições são designados de uso comum, pois tanto crianças portadoras de deficiência, como as que não possuem, brincam nele. A aluna C. nasceu de cesariana, com 37 semanas e 4 dias, sem complicações durante ou após o parto. No 1º mês de vida, perceberam que a menina ignorava sua mão esquerda quando mamava, e que as pernas ficavam sempre muito rígidas. Logo foi diagnosticado que ela era portadora de paralisia cerebral, com diparesia espástica


Padrões motores e posturais

A aluna C., utiliza órteses em seus membros inferiores, que auxiliam na sua estabilização e permitem que consiga uma marcha em tesoura. C. não se locomove sozinha, necessitando de auxílio, ou de uma cadeira de rodas para andar até onde deseja. A aluna apresenta uma saúde geral estável, apenas desenvolvendo quadro asmático esporadicamente. Não apresenta convulsões e não faz uso de medicação contínua. Ela é apenas medicada quando apresenta crise asmática. Nunca precisou de tratamento cirúrgico, nem sofreu qualquer tipo de fratura.

Uma abordagem sobre Inclusão

Apesar de diversas barreiras, algumas difíceis de ultrapassar como o preconceito e a discriminação, a inclusão está conseguindo conquistar seu espaço, transformando redes de ensino comum em escolas inclusivas. Durante esta pesquisa observou-se diversos conceitos de inclusão, mas no livro MÍDIA E DEFICIÊNCIA, encontra-se uma abordagem sobre a sociedade inclusiva

[...]” uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas com deficiência. Tem compromisso com elas e com sua diversidade e se auto – exige transformações intrínsecas. É um movimento com características políticas [...]. (MIDIA e DEFICIÊNCIA, 2003, p. 20).


Atualmente, a inclusão escolar está sendo divulgada, pouco a pouco em todas redes de ensino. Ela busca educar todas as crianças com deficiências em classes regulares, respeitando as diferenças de cada um, promovendo para todos os estudantes oportunidades iguais de aprender, com as contribuições de seus colegas.
“Inclusão significa o processo de criar um todo, de juntar todas as crianças e fazer com que todas aprendam juntas. Inclusão significa ajudar todas as pessoas (crianças e adultos) a reconhecer e apreciar os dotes únicos que cada indivíduo traz para uma situação ou para a comunidade”. (STAINBACK, 1999, p. 178).
Para WERNECK (1999, p.195), uma escola que defende a inclusão de pessoas com necessidades especiais gera polêmica: “Pode parecer absurdo acreditar que TODA criança tenha o direito de freqüentar a escola regular, incluindo aquela cuja única forma de comunicação seja piscar os olhos, mas esta é a proposta da sociedade inclusiva”.

FOLHA (2005) enfatiza uma reportagem sobre escola inclusiva, onde foi encontrado registro do Censo escolar ressaltando o aumento da participação de alunos no atendimento em escolas que buscam a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, são 500.375 jovens e crianças atendidos, o que representa 28,7% do total.


“Atender às diferenças individuais dos alunos através da diversificação dos serviços educacionais. Este é o desafio da educação especial, cada vez mais utilizada nos dias de hoje, em um trabalho desenvolvido sobre a capacidade de crescimento do ser humano, que é limitada”. (FOLHA, 2005, pg. 20).

“Os princípios da inclusão aplicam-se não somente aos alunos com deficiência ou sob risco, mas a todos os alunos. As questões desafiadoras enfrentadas pelos alunos e pelos educadores nas escolas de hoje não permitem que ninguém se isole e se concentre em uma única necessidade ou em um grupo-alvo de alunos”. (STAINBACK, 1999, p.69).

Análise dos dados levantados/Análise dos Similares

Buscaram-se estes dados em escolas do município, onde crianças portadoras de necessidades especiais estão incluídas no ensino regular. As escolas que fazem parte desta pesquisa são: Escola Municipal de Ensino Fundamental Samuel Dietschi, Escola Municipal Presidente Rodrigues Alves, Escola Municipal São Jacó e a Escola Municipal Bela Adormecida. Para a realização da análise dos similares, foram visitadas 4 escolas de ensino fundamental do município de Novo Hamburgo.

Das 4 escolas visitadas, somente a Escola Municipal de Ensino Fundamental São Jacó possui um brinquedo adaptado a crianças com limitações motoras, como a paralisia cerebral. A escola Bela Adormecida e a escola Samuel Dietschi, também possuem balanços mais adequados para uso de crianças, mas não há uma adaptação a crianças com necessidades especiais, como um cinto de segurança, existente na figura 04 – balanço adaptado.

Os balanços existentes nas escolas visitadas para realização desta pesquisa, podem ser melhorados em relação à sua forma e material, para facilitar seu uso e função. Permitindo ser acessível e seguro a todos os usuários, com ou sem necessidades especiais. Os balanços analisados foram projetados sem haver um estudo sobre os materiais empregados em sua produção. Todos similares utilizam muitos parafusos para fixação do assento e encosto, o que dificulta a reciclagem de seus componentes após o descarte. Este sistema poderia ser substituído por encaixe, facilitando sua desmontagem. Os materiais utilizados nestes balanços foram basicamente dois: madeira e aço. A madeira pintada com o tempo vai criando lascas em sua superfície, o que prejudica quem utiliza, pois além de sua textura tornar-se áspera, também pode sujar as roupas dos usuários. O aço usado nas correntes, devido à ação do tempo pode sofrer oxidação, e se for pintado, pode lascar.

Análise Antropométrica da Situação Existente

Segundo PANERO (2005), “não existem, em grande escala, dados sobre a antropometria de usuários de cadeira de rodas [...] este estudo encontra dificuldades devido as variáveis envolvidas.” Para o autor, considerou-se que a quantidade de movimentos seria próxima daquelas de pessoas que não possuem limitações motoras. As dimensões para o alcance do usuário são determinadas a partir da soma das medidas do indivíduo mais a medida da cadeira, formando uma só medida. (PANERO, 2005, p.50).


Projeto: Desenvolvimento do Balanço adaptado

Para o dimensionamento deste projeto será utilizado como critério o levantamento antropométrico, levantamento postural e acional e ainda a atividade da tarefa, todos realizados com a aluna C, detalhados anteriormente. Como este projeto visa à acessibilidade e inclusão, este balanço será compatível com outras crianças que desejam brincar nele, tendo somente como restrição a faixa etária, que fica entre 6 e 11 anos de idade.

Foram realizados diversos croquis, rabiscos e tentativas de encaixe, buscando a forma mais simples para o balanço. Pensou-se desde o início na montagem – DFA
[1] e na desmontagem – DFD[2] do produto. Buscando facilitar a instalação do brinquedo e posteriormente a desmontagem de suas partes, bem como o reaproveitamento de seus componentes e materiais, após descarte final.
[1] DFA= design for assembly, é conceber e projetar um produto facilitando o seu processo de produção, simplificando a montagem e o encaixe de seus componentes.
[2] DFD= design for disassembly, projetar produtos facilitando a sua desmontagem, o desmembramento das partes componentes e a separação dos materiais.

CONCLUSÃO

Nesta etapa da pesquisa pode-se chegar à conclusão que o projeto desenvolvido atendeu aos requisitos e restrições estabelecidos, seguindo os objetivos propostos como ser adaptado, inclusivo e acessível. Este brinquedo seguiu padrões antropométricos e normas da ABNT NBR 14350-1/ 1999 para se adaptar corretamente a usuários de cadeira de rodas e também poder ser utilizado por crianças que não possuam comprometimento motor, sendo acessível à faixa etária que corresponde a crianças entre 6 a 11 anos de idade.

Desde o início pensou-se em tornar simples a montagem do brinquedo, facilitando este processo com o encaixe dos componentes, que somam o total de 27 peças. Evitou-se o uso de parafusos e roscas para facilitar a montagem (DFA - design for assembly), a desmontagem (DFD - design for disassembly) e conseqüentemente também o reaproveitamento de seus componentes. Foi utilizado em locais que necessitavam de fixação o encaixe e o engate através de pinos e manípulos. O uso da solda foi necessário em algumas partes: na fixação do banco nos 2 eixos da parte inferior, no freio, na estrutura superior que se encaixa nas 4 hastes de sustentação, e ainda nas 4 sapatas.

A estrutura que sustentará o brinquedo será em tubo de aço com diâmetro 50 mm (2”) protegida com pintura esmalte industrial e fundo anti-corrosivo, que segundo a norma ABNT NBR 14350-1/ 1999, p. 3 deve estar limpa e livre de qualquer resíduo que possa prejudicar a durabilidade da pintura. A estrutura responsável pelo movimento do brinquedo, compreende 4 hastes maciças com 13 mm de diâmetro fixados na estrutura de sustentação por 4 mancais, nas hastes frontais haverá uma pega de nylon fixada com velcro que pode ser removida com facilidade, a criança poderá segurar nela durante a realização dos movimentos para embalar-se.

O brinquedo possui também mecanismos para acomodarem com segurança o usuário, como a trava/freio que impede que ele escorregue ao embalar-se e também um cinto de segurança de 4 pontas para ajuste. Ele tem regulagem de altura nas alças e encaixe abre/fecha, facilitando o ajuste para colocar e tirar a criança do balanço, o nylon utilizado no cinto será todo revestido com tecido acolchoado para ser mais confortável ao toque. Seguindo a norma da ABNT NBR 14350-1/ 1999, p. 10, onde recomenda-se que os assentos de balanços devam ter encosto, projetou-se o balanço adaptado com um banco em chapa de aço com encosto e assento unidos seguindo padrões antropométricos de altura, idade e largura do quadril entre outros itens. O encosto é levemente inclinado para trás impedindo junto com a trava/freio (soldada no assento) que o usuário escorregue, mantendo o equilíbrio enquanto estiver sentado. O balanço possui laterais que envolvem a criança, estas servem como apoio para os antebraços que ajudarão o usuário a manter uma postura adequada e ainda auxiliando nos movimentos de sentar-se e levantar-se, esta medida fica entre 17,8 e 25,4 cm, de acordo com as referências bibliográficas utilizadas para este trabalho.

Foi projetado um estofado que segundo PANERO (2002), tem como objetivo distribuir a pressão do peso do corpo sobre uma superfície maior, enfatizando que o assento para o usuário ter conforto ao utilizá-lo deve ter um total de 5,1 centímetros de espessura, sendo este valor 3,8 cm de revestimento de espuma média, 1,3 cm de revestimento firme. O autor ainda ressalta a falta de bibliografia existente sobre o conforto de estofados, no caso do balanço será feito um estofado rígido com espuma e um revestimento com tecido impermeável, fácil de limpar.
Neste balanço projetado para ser adaptado, a criança permanecerá em sedestação
[1], mantendo o equilíbrio e alinhamento postural graças ao dimensionamento dado ao banco. Este foi embasado no estudo antropométrico de usuários de cadeira de rodas e portadores de paralisia cerebral, tendo como referência as normas da ABNT NBR 14350-1/ 1999.

“Como a criança permanece a maior parte do tempo em posturas que permitem realizar a maior número de atividades, enfatizamos a importância deste bom posicionamento na postura sentado (sedestação), já que é nesta posição que é demonstrado o melhor desempenho em suas atividades funcionais.” (SANCHEZ, GRACIANI, MONTEIRO, 2005, pg. 22).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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15 Postura sentado (SANCHEZ,GRACIANI,MONTEIRO,2005,pg.22).