quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DESIGN INCLUSIVO: BALANÇO PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS




Artigo premiado como destaque da FICSE 2007
Autores: Marcelle Suzete Müller, Regina de Oliveira Heidrich (Orientadora), Maria Bernadete Martins (Co-orientadora)

RESUMO

O projeto proposto é de um balanço destinado à recreação das crianças com paralisia cerebral em escolas e residências, buscando alcançar uma maior inclusão social das mesmas. Para realizar este objetivo é necessário antes um estudo em diversas áreas, tais como, design ergonômico, inclusão social, paralisia cerebral e tecnologias assistivas. Pretende-se criar uma solução segura e adequada que permita uma melhor integração das crianças portadoras de necessidades especiais com as demais.

Palavras – chave: Design Ergonômico, Inclusão, Deficiência e Tecnologias Assistivas.

ABSTRACT

The project is about a kid swing destined to recreation of the cerebral paralysis children at schools and homes, trying to reach a bigger social inclusion of them. To make this objective true, it is necessary before a study in serveral areas, such as, ergonomic design, social inclusion, cerebral paralysis and assistive tecnologies. It is intended to create a safe and adequate solution that allows a better integration of the special needs porter children with the others kids.

Keywords: Ergonomic Design, Inclusion, Deficiency and Assistive Technologies.


INTRODUÇÃO

Observando-se diversas crianças portadoras de necessidades especiais em suas atividades diárias, percebeu-se que a realização de tarefas pode ficar comprometida pela falta de recursos e soluções que auxiliem na superação de dificuldades funcionais, no âmbito escolar e fora dele. A partir do conhecimento das necessidades específicas destes alunos, pode-se observar nas escolas situações desafiadoras para estes jovens, para seus familiares, colegas e professores, pois a maioria dos brinquedos disponíveis para recreação não possui segurança e não são acessíveis a qualquer usuário, sendo que muitas vezes até mesmo crianças que não possuem comprometimento motor acabam sofrendo acidentes.

Durante esta pesquisa, pretende-se abranger temas relacionados a pessoas com necessidades especiais, como conceitos e aplicações do design ergonômico, inclusão, tecnologias assistivas, e o estudo de um caso específico de criança com necessidades especiais. Em seguida serão analisados diversos similares do balanço dando continuidade ao estudo, para posteriormente abordar o desenvolvimento do balanço adaptado após esta coleta de dados.
A presente pesquisa se justifica pelo fato de abranger questões de grande relevância social, como: design ergonômico, deficiência, tecnologias assistivas e inclusão. Temas estes sendo cada vez mais abordados em vários veículos de comunicação, onde busca-se conhecer as necessidades de cidadãos que possuam necessidades especiais, e no caso dessa pesquisa começando já na época escolar com a inclusão desses indivíduos. Isto será alcançado através do desenvolvimento de um balanço adaptado a crianças com necessidades especiais.

Objetivos

O presente pesquisa tem como objetivo principal analisar balanços existentes em escolas municipais de Novo Hamburgo. Através desta análise será possível conhecer as necessidades específicas de usuários de cadeira de rodas enquanto interagem com brinquedos ao ar livre. Este projeto visa o desenvolvimento de um balanço que atenda as respectivas funções e necessidades de lazer de crianças com comprometimento motor acima de 6 anos.
A Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. Consta no art 4.º da lei que:

[...] ” as vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”. (BRASIL, 2000).


Ergonomia: Design para TODOS

O principal objetivo da ergonomia é estudar o comportamento do corpo humano, suas posturas e movimentos, limites, incapacidades e também deformidades, e através deste estudo adaptar o meio em que vivemos ao corpo humano, proporcionando conforto e bem estar no trabalho e na vida diária, buscando sempre alcançar a melhor integração possível entre o produto e o usuário. Segundo MALLIN (2004), há diversas definições para ergonomia, variando em cada livro, a maioria dos autores concordam que a ergonomia busca proporcionar conforto, segurança e bem-estar ao usuário.

Segundo SASSAKI (1999), o design deve preocupar-se em projetar ambientes adaptados que sejam úteis a qualquer pessoa, não só para pessoas portadoras de deficiência, mas também às obesas, de baixa estatura, idosas e também aquelas que estejam temporariamente com algum membro limitado.

[...]” desenho acessível é um projeto que leva em conta a acessibilidade voltada especificamente para as pessoas portadoras de deficiência física, mental, auditiva, visual ou múltipla, de tal modo que elas possam utilizar, com autonomia e independência tanto os ambientes físicos (espaços urbanos e edificações) e transportes, agora adaptados, como os ambientes e transportes construídos com acessibilidade já na fase de sua concepção”. (SASSAKI, 1999, p.139).

O autor ainda ressalta que o desenho acessível deixa claro em sua imagem que foi feito exclusivamente para pessoas com dificuldade motoras, até que surgiram outras formas de Design, como Desenho Universal ou Desenho para TODOS, ou ainda dentro do conceito de inclusão: (Desenho Inclusivo). “Os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo, não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência. Eles podem ser utilizados por qualquer pessoa, deficiente ou não”.(SASSAKI, 1999, p. 141).

Tecnologias Assistivas x Design Ergonômico

Após analisar diversas crianças com necessidades especiais em suas atividades diárias, observou-se que o sucesso desses indivíduos pode ficar comprometido pela falta de recursos e soluções que os auxiliem na superação de dificuldades funcionais, no ambiente da sala de aula, e fora dela. A partir do conhecimento das necessidades específicas destes alunos, observou-se que nas escolas as situações são desafiadoras para estes jovens, para seus familiares, colegas e professores. Chegou-se a esta conclusão porque os recursos e alternativas disponíveis são considerados dispendiosos e pouco acessíveis para todos, tornando necessário a produção de Tecnologias Assistivas
[1]. A partir do conhecimento do universo particular de cada paciente, cria-se uma solução para problemas funcionais, valorizando os desejos, habilidades e qualidade de vida.

As diversas modalidades de tecnologias assistivas incluem: recursos de comunicação alternativa, acessibilidade ao computador, atividades da vida diária, orientação, mobilidade, adequação postural, adaptação de veículos, órteses e próteses. As órteses só funcionarão se estiverem de acordo com a realidade de cada usuário, levando em consideração suas limitações físicas, sensoriais e mentais.
Este projeto destina-se a ser uma fonte de estudo e uma forma de aplicação das tecnologias assistivas, que foi definida como qualquer item, peça de equipamento ou sistema de produtos, adquirido comercialmente ou desenvolvido artesanalmente, produzido em série, modificado ou sob medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar habilidade de pessoas com limitações funcionais, sejam estas limitações físicas ou sensoriais. (ANDRADE, 2006).

Estudo do Caso da Aluna C.

Para melhor compreensão da capacidade motora de crianças portadoras de necessidades especiais, estudou-se o caso de um usuário de cadeira de rodas, que participa de atividades na clínica de fisioterapia do Centro Universitário Feevale, e é integrante do projeto de pesquisa em Design Inclusivo, de Equipamentos, Brinquedos e Vestuário. Este projeto de pesquisa visa à inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, e atua na Feevale deste outubro de 2004 .

A aluna C. é do sexo feminino e está com 6 anos, possui comprometimento motor nos quatro membros, mas mesmo com esta limitação utiliza no espaço recreativo de sua escola balanços e outros brinquedos na hora do intervalo, e em momentos de lazer. Estes brinquedos oferecidos pelas instituições são designados de uso comum, pois tanto crianças portadoras de deficiência, como as que não possuem, brincam nele. A aluna C. nasceu de cesariana, com 37 semanas e 4 dias, sem complicações durante ou após o parto. No 1º mês de vida, perceberam que a menina ignorava sua mão esquerda quando mamava, e que as pernas ficavam sempre muito rígidas. Logo foi diagnosticado que ela era portadora de paralisia cerebral, com diparesia espástica


Padrões motores e posturais

A aluna C., utiliza órteses em seus membros inferiores, que auxiliam na sua estabilização e permitem que consiga uma marcha em tesoura. C. não se locomove sozinha, necessitando de auxílio, ou de uma cadeira de rodas para andar até onde deseja. A aluna apresenta uma saúde geral estável, apenas desenvolvendo quadro asmático esporadicamente. Não apresenta convulsões e não faz uso de medicação contínua. Ela é apenas medicada quando apresenta crise asmática. Nunca precisou de tratamento cirúrgico, nem sofreu qualquer tipo de fratura.

Uma abordagem sobre Inclusão

Apesar de diversas barreiras, algumas difíceis de ultrapassar como o preconceito e a discriminação, a inclusão está conseguindo conquistar seu espaço, transformando redes de ensino comum em escolas inclusivas. Durante esta pesquisa observou-se diversos conceitos de inclusão, mas no livro MÍDIA E DEFICIÊNCIA, encontra-se uma abordagem sobre a sociedade inclusiva

[...]” uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas com deficiência. Tem compromisso com elas e com sua diversidade e se auto – exige transformações intrínsecas. É um movimento com características políticas [...]. (MIDIA e DEFICIÊNCIA, 2003, p. 20).


Atualmente, a inclusão escolar está sendo divulgada, pouco a pouco em todas redes de ensino. Ela busca educar todas as crianças com deficiências em classes regulares, respeitando as diferenças de cada um, promovendo para todos os estudantes oportunidades iguais de aprender, com as contribuições de seus colegas.
“Inclusão significa o processo de criar um todo, de juntar todas as crianças e fazer com que todas aprendam juntas. Inclusão significa ajudar todas as pessoas (crianças e adultos) a reconhecer e apreciar os dotes únicos que cada indivíduo traz para uma situação ou para a comunidade”. (STAINBACK, 1999, p. 178).
Para WERNECK (1999, p.195), uma escola que defende a inclusão de pessoas com necessidades especiais gera polêmica: “Pode parecer absurdo acreditar que TODA criança tenha o direito de freqüentar a escola regular, incluindo aquela cuja única forma de comunicação seja piscar os olhos, mas esta é a proposta da sociedade inclusiva”.

FOLHA (2005) enfatiza uma reportagem sobre escola inclusiva, onde foi encontrado registro do Censo escolar ressaltando o aumento da participação de alunos no atendimento em escolas que buscam a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, são 500.375 jovens e crianças atendidos, o que representa 28,7% do total.


“Atender às diferenças individuais dos alunos através da diversificação dos serviços educacionais. Este é o desafio da educação especial, cada vez mais utilizada nos dias de hoje, em um trabalho desenvolvido sobre a capacidade de crescimento do ser humano, que é limitada”. (FOLHA, 2005, pg. 20).

“Os princípios da inclusão aplicam-se não somente aos alunos com deficiência ou sob risco, mas a todos os alunos. As questões desafiadoras enfrentadas pelos alunos e pelos educadores nas escolas de hoje não permitem que ninguém se isole e se concentre em uma única necessidade ou em um grupo-alvo de alunos”. (STAINBACK, 1999, p.69).

Análise dos dados levantados/Análise dos Similares

Buscaram-se estes dados em escolas do município, onde crianças portadoras de necessidades especiais estão incluídas no ensino regular. As escolas que fazem parte desta pesquisa são: Escola Municipal de Ensino Fundamental Samuel Dietschi, Escola Municipal Presidente Rodrigues Alves, Escola Municipal São Jacó e a Escola Municipal Bela Adormecida. Para a realização da análise dos similares, foram visitadas 4 escolas de ensino fundamental do município de Novo Hamburgo.

Das 4 escolas visitadas, somente a Escola Municipal de Ensino Fundamental São Jacó possui um brinquedo adaptado a crianças com limitações motoras, como a paralisia cerebral. A escola Bela Adormecida e a escola Samuel Dietschi, também possuem balanços mais adequados para uso de crianças, mas não há uma adaptação a crianças com necessidades especiais, como um cinto de segurança, existente na figura 04 – balanço adaptado.

Os balanços existentes nas escolas visitadas para realização desta pesquisa, podem ser melhorados em relação à sua forma e material, para facilitar seu uso e função. Permitindo ser acessível e seguro a todos os usuários, com ou sem necessidades especiais. Os balanços analisados foram projetados sem haver um estudo sobre os materiais empregados em sua produção. Todos similares utilizam muitos parafusos para fixação do assento e encosto, o que dificulta a reciclagem de seus componentes após o descarte. Este sistema poderia ser substituído por encaixe, facilitando sua desmontagem. Os materiais utilizados nestes balanços foram basicamente dois: madeira e aço. A madeira pintada com o tempo vai criando lascas em sua superfície, o que prejudica quem utiliza, pois além de sua textura tornar-se áspera, também pode sujar as roupas dos usuários. O aço usado nas correntes, devido à ação do tempo pode sofrer oxidação, e se for pintado, pode lascar.

Análise Antropométrica da Situação Existente

Segundo PANERO (2005), “não existem, em grande escala, dados sobre a antropometria de usuários de cadeira de rodas [...] este estudo encontra dificuldades devido as variáveis envolvidas.” Para o autor, considerou-se que a quantidade de movimentos seria próxima daquelas de pessoas que não possuem limitações motoras. As dimensões para o alcance do usuário são determinadas a partir da soma das medidas do indivíduo mais a medida da cadeira, formando uma só medida. (PANERO, 2005, p.50).


Projeto: Desenvolvimento do Balanço adaptado

Para o dimensionamento deste projeto será utilizado como critério o levantamento antropométrico, levantamento postural e acional e ainda a atividade da tarefa, todos realizados com a aluna C, detalhados anteriormente. Como este projeto visa à acessibilidade e inclusão, este balanço será compatível com outras crianças que desejam brincar nele, tendo somente como restrição a faixa etária, que fica entre 6 e 11 anos de idade.

Foram realizados diversos croquis, rabiscos e tentativas de encaixe, buscando a forma mais simples para o balanço. Pensou-se desde o início na montagem – DFA
[1] e na desmontagem – DFD[2] do produto. Buscando facilitar a instalação do brinquedo e posteriormente a desmontagem de suas partes, bem como o reaproveitamento de seus componentes e materiais, após descarte final.
[1] DFA= design for assembly, é conceber e projetar um produto facilitando o seu processo de produção, simplificando a montagem e o encaixe de seus componentes.
[2] DFD= design for disassembly, projetar produtos facilitando a sua desmontagem, o desmembramento das partes componentes e a separação dos materiais.

CONCLUSÃO

Nesta etapa da pesquisa pode-se chegar à conclusão que o projeto desenvolvido atendeu aos requisitos e restrições estabelecidos, seguindo os objetivos propostos como ser adaptado, inclusivo e acessível. Este brinquedo seguiu padrões antropométricos e normas da ABNT NBR 14350-1/ 1999 para se adaptar corretamente a usuários de cadeira de rodas e também poder ser utilizado por crianças que não possuam comprometimento motor, sendo acessível à faixa etária que corresponde a crianças entre 6 a 11 anos de idade.

Desde o início pensou-se em tornar simples a montagem do brinquedo, facilitando este processo com o encaixe dos componentes, que somam o total de 27 peças. Evitou-se o uso de parafusos e roscas para facilitar a montagem (DFA - design for assembly), a desmontagem (DFD - design for disassembly) e conseqüentemente também o reaproveitamento de seus componentes. Foi utilizado em locais que necessitavam de fixação o encaixe e o engate através de pinos e manípulos. O uso da solda foi necessário em algumas partes: na fixação do banco nos 2 eixos da parte inferior, no freio, na estrutura superior que se encaixa nas 4 hastes de sustentação, e ainda nas 4 sapatas.

A estrutura que sustentará o brinquedo será em tubo de aço com diâmetro 50 mm (2”) protegida com pintura esmalte industrial e fundo anti-corrosivo, que segundo a norma ABNT NBR 14350-1/ 1999, p. 3 deve estar limpa e livre de qualquer resíduo que possa prejudicar a durabilidade da pintura. A estrutura responsável pelo movimento do brinquedo, compreende 4 hastes maciças com 13 mm de diâmetro fixados na estrutura de sustentação por 4 mancais, nas hastes frontais haverá uma pega de nylon fixada com velcro que pode ser removida com facilidade, a criança poderá segurar nela durante a realização dos movimentos para embalar-se.

O brinquedo possui também mecanismos para acomodarem com segurança o usuário, como a trava/freio que impede que ele escorregue ao embalar-se e também um cinto de segurança de 4 pontas para ajuste. Ele tem regulagem de altura nas alças e encaixe abre/fecha, facilitando o ajuste para colocar e tirar a criança do balanço, o nylon utilizado no cinto será todo revestido com tecido acolchoado para ser mais confortável ao toque. Seguindo a norma da ABNT NBR 14350-1/ 1999, p. 10, onde recomenda-se que os assentos de balanços devam ter encosto, projetou-se o balanço adaptado com um banco em chapa de aço com encosto e assento unidos seguindo padrões antropométricos de altura, idade e largura do quadril entre outros itens. O encosto é levemente inclinado para trás impedindo junto com a trava/freio (soldada no assento) que o usuário escorregue, mantendo o equilíbrio enquanto estiver sentado. O balanço possui laterais que envolvem a criança, estas servem como apoio para os antebraços que ajudarão o usuário a manter uma postura adequada e ainda auxiliando nos movimentos de sentar-se e levantar-se, esta medida fica entre 17,8 e 25,4 cm, de acordo com as referências bibliográficas utilizadas para este trabalho.

Foi projetado um estofado que segundo PANERO (2002), tem como objetivo distribuir a pressão do peso do corpo sobre uma superfície maior, enfatizando que o assento para o usuário ter conforto ao utilizá-lo deve ter um total de 5,1 centímetros de espessura, sendo este valor 3,8 cm de revestimento de espuma média, 1,3 cm de revestimento firme. O autor ainda ressalta a falta de bibliografia existente sobre o conforto de estofados, no caso do balanço será feito um estofado rígido com espuma e um revestimento com tecido impermeável, fácil de limpar.
Neste balanço projetado para ser adaptado, a criança permanecerá em sedestação
[1], mantendo o equilíbrio e alinhamento postural graças ao dimensionamento dado ao banco. Este foi embasado no estudo antropométrico de usuários de cadeira de rodas e portadores de paralisia cerebral, tendo como referência as normas da ABNT NBR 14350-1/ 1999.

“Como a criança permanece a maior parte do tempo em posturas que permitem realizar a maior número de atividades, enfatizamos a importância deste bom posicionamento na postura sentado (sedestação), já que é nesta posição que é demonstrado o melhor desempenho em suas atividades funcionais.” (SANCHEZ, GRACIANI, MONTEIRO, 2005, pg. 22).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MALLIN, Sandra S. Vieira. Uma Metodologia de Design, aplicada ao desenvolvimento de tecnologia assistiva para portadores de paralisia cerebral./ Curitiba: Editora da UFPR.2004.
MÍDIA E DEFICIÊNCIA/ Veet Vivarta, coordenação.- Brasília: Andi; Fundação Banco do Brasil, 2003. 184 p; il. Color.- (série Diversidade).
PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Dimensionamento humano para espaços interiores: um livro de consulta e referência para projetos. Barcelona: Gustavo Gili, c2002. 320 p
SANCHEZ, F.C, GRACIANI, Z., MONTEIRO, C.B.M. Paralisia Cerebral: Avaliação do grau de satisfação do usuário de tecnologia assistiva em sedestação. Arquivos Brasileiros de Paralisia Cerebral, 2005; 2(4):21-25.
SASSAKI, Romeu Kazumi
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STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão, um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. 451 p.
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WERNECK, Cláudia. Sociedade Inclusiva. Quem cabe no seu TODOS? / Rio de Janeiro: WVA – Ed., 1999. 240 p.
15 Postura sentado (SANCHEZ,GRACIANI,MONTEIRO,2005,pg.22).


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